Foram milhares os dias em que o local de trabalho do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi o amplo Palácio Guanabara, prédio do século XIX que já foi residência oficial de presidentes da República entre 1926 e 1947.
Hoje, preso em meio a uma avalanche de acusações, que já geraram 12 processos contra ele, Cabral bate ponto em um local mais modesto, reservado aos criminosos: a pequena biblioteca da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ele e outros três presos da Lava-Jato no Rio entraram para o seleto grupo de menos de 3% da população carcerária do estado que exercem alguma atividade na prisão.