Biden envia caças para a Polônia e diz para americanos saírem imediatamente da Ucrânia

O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, alertou que os cidadãos norte-americanos devem evacuar o mais cedo possível da Ucrânia, devido à crescente tensão com a Rússia.

“Cidadãos norte-americanos devem sair já. Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação diferente e as coisas podem enlouquecer rapidamente”, disse hoje em entrevista à NBC News.

Em antecipação a uma possível invasão, Moscou já enviou pelo menos 140 mil soldados para sua fronteira com a Ucrânia, o que piorou as relações tensas da Rússia com o Ocidente.

Na terça a Rússia lançou uma série de exercícios militares simultâneos de tiro rápido e enviou navios de guerra para o Mar Negro.

Depois de meses de acúmulo militar russo nas fronteiras da Ucrânia, analistas militares estão alertando que as peças finais para uma invasão estão prontas e que um grande ataque pode derrubar o governo pró-ocidente de Kiev e reafirmar o controle de Moscou.

A Rússia há muito tenta impedir a inclinação da Ucrânia para o Ocidente, com o presidente Vladimir Putin alertando que o objetivo da Ucrânia de ingressar na Otan era uma “linha vermelha” que ataca a segurança russa.

Em resposta aos movimentos russos em suas fronteiras, as tropas ucranianas estão se preparando para seus próprios exercícios militares — usando aeronaves não tripuladas e mísseis antitanque fornecidos por parceiros ocidentais de Kiev. Esses exercícios militares devem durar dez dias e começam na sexta.

A Rússia diz que não tem planos de invadir a Ucrânia, mas quer que o Ocidente mantenha a Ucrânia e outros ex-países soviéticos fora da Otan. Também quer que a Otan se abstenha de instalar armas lá e recue as forças da aliança da Europa Oriental. Os EUA e a Otan rejeitam categoricamente essas exigências.

Em meio aos avisos de invasão do Ocidente, as autoridades ucranianas tentaram projetar calma, preocupadas com o fato de os temores sobre a guerra desestabilizarem ainda mais a frágil economia do país.

“Acreditamos que a concentração de tropas perto da fronteira é parte da pressão psicológica de nosso vizinho”, disse o presidente Volodimir Zelenski em uma reunião de líderes empresariais. “Temos recursos e armas suficientes para proteger nosso país.”

A Rússia e a Ucrânia estão envolvidas em um conflito acirrado desde 2014, quando uma revolta popular tirou do cargo o líder ucraniano, amigo do Kremlin. Moscou respondeu anexando a Crimeia e depois apoiando uma insurgência separatista no leste da Ucrânia, onde os combates já mataram mais de 14 mil pessoas.

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