Antigo aliado de Lupi vira peça-chave nas acusações contra o ministro

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) repassou R$ 1,1 milhão do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) a um município que, para capacitar pessoas da cidade, contratou uma empresa fantasma e outra especializada em venda de acessórios de motocicletas.

A prefeitura da Cidade Ocidental (GO), município do Entorno do Distrito Federal, recebeu R$ 877,9 mil em 2010 e R$ 254,8 mil em fevereiro deste ano para qualificar os adolescentes cadastrados no Projovem. Quem decidiu o destino do dinheiro recebido do MTE foi o atual secretário de Trabalho do município, Vanderlei Nascimento.

Ele é presidente do PDT em Cidade Ocidental e irmão do ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE Ezequiel Nascimento. Até o início deste ano, Ezequiel era um dos principais aliados do ministro Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT. Uma disputa entre os dois por espaço no partido levou Ezequiel a ser peça-chave nas acusações contra o ministro.

Os repasses do Projovem à empresa fantasma foram feitos pela Secretaria Municipal de Administração, Finanças e Planejamento, conforme as informações fornecidas pela própria prefeitura ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de Goiás. O irmão de Ezequiel, na ocasião dos repasses, era superintendente do Trabalho, subordinado à secretaria.

Cabia a ele cuidar dos programas de qualificação, como o Projovem. Em 29 de julho, Vanderlei ganhou uma pasta própria: a Secretaria de Trabalho, por influência de Ezequiel. O órgão tem apenas uma sala, de 4m² dentro da prefeitura, e não há um único funcionário para a elaboração e a execução de projetos.

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