30/09/2012
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A televisão brasileira vive um fim de semana acabrunhado e sem graça. É que a dona da gargalhada mais aconchegante da telinha, que conquistou o carinho de famosos e anônimos, partiu, deixando tristes os milhares de fãs. Eterna rainha da tevê e amiga íntima de milhões de brasileiros há seis décadas, a apresentadora Hebe Camargo morreu aos 83 anos, na madrugada de ontem, em sua casa no bairro do Morumbi, na capital paulista, depois de uma parada cardíaca. O velório começou ontem à noite no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo estadual. O sepultamento está marcado para as 10h30 de hoje, no cemitério Gethsemani.
Familiares e fãs começaram a se despedir da apresentadora às 19h de ontem. Depois de uma cerimônia restrita aos parentes, o público teve o acesso franqueado ao Palácio dos Bandeirantes uma hora depois. O velório seria realizado durante toda a madrugada. “Ela era uma pessoa simples, o símbolo do Brasil. Vai ficar para sempre no meu coração”, disse o cantor Roberto Carlos, um dos primeiros a chegar ao velório.
Hebe fazia um tratamento contra o câncer, diagnosticado no peritônio (membrana que reveste o aparelho digestivo), desde janeiro de 2010. Dois meses após a descoberta do tumor, em março de 2010, Hebe foi internada durante 12 dias para remoção de nódulos e começo do tratamento quimioterápico. A terapia continuou no ano seguinte, forçando a apresentadora a usar perucas novamente — uma condição que ela aceitou, claro, com sorrisos e declarações otimistas. Em 2012, os problemas de saúde se tornaram ainda mais frequentes.
Em março, passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor que causava obstrução intestinal. Em junho, outra urgência, numa intervenção às pressas para remoção da vesícula. As cirurgias inspiraram exames de rotina em julho. Mês passado, suspeitas de anemia e desconforto abdominal provocaram a internação de Hebe durante 13 dias no hospital Albert Einstein, para tratamento de suporte metabólico.