Walter Alves hesita, e essa dúvida vem provocando uma onda de incerteza sobre a sucessão no Rio Grande do Norte. Nos últimos dias, cogita-seque o vice-governador estaria decidido a não assumir o comando do estado em abril do próximo ano, quando a governadora Fátima Bezerra deve deixar o cargo para disputar o Senado. A informação é verdadeira, mas ainda não é definitiva.
A preocupação envolve dois pontos delicados: a governabilidade durante os poucos meses restantes de mandato e o futuro político de Waltinho e de seu grupo. Assumir o governo herdando o desgaste acumulado pela atual gestão é visto como uma armadilha. O Estado, segundo avaliações de bastidores, encontra-se desorganizado no aspecto fiscal, e qualquer explosão dessa crise cairia diretamente no colo do vice-governador.
Há ainda outro fator: caso Walter aceite assumir, seu grupo político praticamente encerraria o ciclo no fim do mandato-tampão, perdendo espaço e musculatura. Por isso, a decisão está sendo medida com extrema cautela.
Entre recuos, cálculos e pressões, a sucessão no RN permanece em aberto — e tudo depende da escolha final de Walter Alves.
