O tabuleiro político do Rio Grande do Norte começou a semana agitado após a sinalização do vice-governador Walter Alves, do MDB, de que não pretende assumir o Governo em 2026. A decisão, motivada pelo cenário de instabilidade anunciado para a sucessão estadual, desencadeou cinco dias de bastidores intensos, versões desencontradas e tentativas de controle de danos dentro do Palácio.
Mesmo após o secretário Raimundo Alves negar qualquer crise, um plano B já circula entre lideranças governistas: caso Walter mantenha a desistência, a governadora Fátima Bezerra, do PT, permaneceria no cargo e abriria mão de disputar o Senado.
Para o PT nacional, a mudança traz benefícios. A vaga majoritária ficaria livre para a deputada federal Natália Bonavides, nome bem-visto pela cúpula petista e considerada competitiva para o Senado. A sigla tem como foco ampliar sua bancada no Congresso, especialmente no Senado, em 2026.
Por outro lado, a reconfiguração representaria um problema interno: a nominata do PT à Câmara Federal perderia sua principal puxadora de votos. Hoje, a expectativa da legenda é que Natália ajude a eleger ao menos dois deputados federais. Sem ela na disputa proporcional, o partido precisaria reorganizar suas estratégias para manter ou ampliar sua representação.
O cenário segue em suspense, à espera da decisão definitiva de Walter Alves — peça central dessa equação que pode redefinir toda a montagem eleitoral do RN em 2026.




