Zezé Motta: o estereótipo e a exceção da mulher negra no cinema

zeze natal

O papel da mulher negra na dramaturgia tem na figura de Zezé Motta um estereótipo e uma exceção ao mesmo tempo. Talvez ela seja a principal representação da mulher negra na televisão, muito em decorrência do sucesso internacional do filme Xica da Silva, dirigido por Cacá Diegues em 1976. A exceção fica por conta do espaço conquistado desde sua estreia, em 1967, na histórica peça Roda Viva, de Zé Celso Martinez. Uma mulher ainda inexperiente e negra em alguns dos grandes papéis do teatro e da televisão.

Pelo histórico no cinema, na televisão, no teatro e ainda na música, Zezé Motta foi a homenageada da 7ª edição do festival de cinema Goiamum Audiovisual. O evento foi aberto na última segunda-feira com a presença da própria Zezé Motta no auditório do IFRN Cidade Alta, quando rendeu loas ao caráter formativo do Festival e ainda cantou músicas de Vinícius de Moraes e João Nogueira. Dedicada ao “Feminino”, o Goiamum – inserido no Natal em Natal 2013 – prossegue com programação gratuita durante toda a semana.

Com 47 anos de carreira e um sem número de personagens de empregada doméstica nas costas, a “cantriz” (mistura de cantora e atriz) – como se define – atuou em novelas das principais redes televisivas do país e nos palcos fundamentais do teatro, protagonizou inúmeros papéis no cinema e lançou mais de dez discos. Esta carioca multifacetada conta abaixo que o grande papel de sua carreira ainda virá, em 2014, quando interpretará Tia Ciata, no longa-metragem de estreia de Denise Saraceni no cinema, ‘Pixinguinha – Um Homem Carinhoso’.

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