Wilma diz que escolherá seu candidato com base em dois critérios: pesquisa e lealdade

Lara, a Papapagia-Xereteira do Blog do Xerife da Cidade, que andava sumida, deu as caras e leu com atenção uma entrevista que a Governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, PSB, concedeu ao Jornal de Fato, na cidade de Mossoró:

A governadora Wilma de Faria acredita que o Estado sofreu uma derrota, quando a Assembléia Legislativa derrubou diversos vetos que — de acordo com o Governo — eram necessários à programação financeira do Rio Grande do Norte. As declarações foram dadas ao repórter Regy Carte Rodrigues, do Jornal de Fato, ontem, em Mossoró. Há mesmo, em algumas respostas, declarações que soam como recados a supostos aliados. Exemplo disso é a última pergunta, à qual a governadora responde que a lealdade será um dos critérios para obtenção de seu apoio na eleição do próximo ano. A bom entendedor, não mais é necessário.

A senhora esperava a derrubada dos vetos do Governo do Estado na Assembléia Legislativa?

Já, porque eu tinha deixado os deputados à vontade. O pior já tinha acontecido, ou seja, já havia caído a emenda mais importante. Aí, eu deixei de lado isso e vou renegociar investimentos com o poder Legislativo e Judiciário.

A que a senhora atribui essa derrota na Assembléia?

Não foi uma derrota. Aliás, não é derrota minha, é do Estado, porque o Orçamento é uma peça importantíssima para deixar o Estado equilibrado. É um instrumento que regula todo o equilíbrio das contas do Estado e beneficia os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.

Deputados aliados reclamam da falta de mais diálogo entre a base e o Governo. A senhora concorda?

Não, porque os deputados me procuram em qualquer lugar e recebem de mim toda a atenção e dos secretários também. O que está acontecendo é que este é um ano atípico, e nós temos que trabalhar de acordo com o ritmo. Tivemos que dá uma parada agora.

Por quê?

Primeiro, porque o Orçamento chegou da Assembléia muito atrasado, já em fevereiro, e segundo, porque tivemos que avaliar o reflexo da crise nas finanças dos Estados e municípios. Ninguém pode ser irresponsável num momento como este. E não posso pensar nem em mim nem em meu grupo político, mas na população como um todo.

Como assim?

Estou tendo certa cautela, protelando algumas decisões de convênios, por exemplo, porque a gente só pode fazê-los quando tivermos a certeza que tudo vai dar certo até o final do ano. Mas pelo que estamos fazendo, pelo trabalho de otimização de recursos gastos em custeio, com certeza teremos sucesso absoluto em relação à crise, ao orçamento e aos investimentos. Porque o que não pode faltar é recurso para investimento, uma vez que sabemos da importância dos investimentos num ano de crise, o que gera muitos empregos.

E tem que correr, porque a senhora deixará o governo em abril de 2010 para disputar o Senado, não é verdade?

É. Mas isso é no próximo ano ainda, vai demorar muito.

A dobradinha Iberê Ferreira e Wilma de Faria será vitoriosa nas eleições de 2010?

Wilma e Iberê estão afinados na administração. Politicamente, só falo sobre candidatos no próximo ano.

O candidato a governador com apoio da senhora vai ser mesmo definido em pesquisas?

Vai ser definido com base em vários critérios, entre eles, pesquisa e lealdade.