O mundo político hoje está ocupadíssimo com os vazamentos do depoimento sigiloso do empresário Marcelo Odebrecht ao minstro Hermann Benjamin no processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Fora de contexto, e mais do que seletivos, os trechos vazados vêm servindo para que as diversas facções políticas e suas torcidas organizadas espalhem as versões que mais lhes interessam. Como havia, na audiência, gente de todos os lados – advogados de Dilma, Temer e do PSDB, além de procuradores – tem vazamento para todos os gostos.
O Planalto, por exemplo, tem sido eficiente em emplacar a versão de que o presidente da República se sai bem do episódio, já que, segundo Odebrecht, não teria falado diretamente com ele sobre valores, que ficaram para Eliseu Padilha e Claudio Filho no jantar do Jaburu. Mas a atuação do atual chefe da Casa Civil e a doação em caixa 2 de 4/5 dos R$ 150 milhoes dados à chapa pela empreiteira complicam a situação do governo no TSE.