Advogados querem levar jurados para dentro do prédio da Kiss
Primeiro, as orações. Depois, o silêncio. Em meio aos dois, os gritos de “justiça!”. Assim foi a pequena – poucos quarteirões separam a praça central da cidade do prédio onde um incêndio matou 242 pessoas em 27 de janeiro de 2013 – e dolorosa caminhada realizada em homenagem às vítimas da Boate Kiss em Santa Maria, na região Central do Rio Grande do Sul.
Foi em frente ao prédio onde há exatos cinco anos ocorreu o incêndio que familiares e amigos de vítimas, profissionais da área de saúde e sobreviventes da tragédia passaram parte da noite em vigília. Há cinco anos, o mesmo ritual se repete.
E, agora, deve se manter por mais tempo, pois esta semana a prefeitura da cidade atendeu a um pedido dos advogados de acusação do caso e suspendeu a demolição que estava prevista para começar a partir de abril deste ano. O prédio foi desapropriado para a construção de um memorial, mas ele só deve começar a sair do papel depois do julgamento dos quatro acusados pela tragédia.