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Se ainda existisse jornalismo no Brasil…

A campanha de Bolsonaro é única, um fenômeno sem precedentes na história brasileira. Como uma campanha sem um único comitê central, sem marketeiro, sem material de divulgação, sem identidade visual definida e sem dinheiro consegue liderar com folgas a corrida presidencial?

O que aconteceu no último fim de semana ao redor do país, com carreatas e comícios organizados espontaneamente pelo povo e por alguns candidatos sem grande expressividade, é simplesmente impressionante. Pela primeira vez na história é o povo que está conduzindo o candidato ao poder. Não existe uma determinação partidária que indique as ações e manipule os militantes, mas apenas uma proposta, um pacto que une a todos (candidato e eleitores).

Desconheço um fenômeno tão claramente popular e tão descentralizado. Nunca um candidato representou tão bem os seus eleitores e nunca os eleitores foram tão decisivos para a vitória do candidato.

Se ainda existisse Jornalismo no Brasil, essa seria a pauta mais explorada durante as eleições.

Por Cibele Martins

Se Papai-Noel existisse e viesse ao Brasil seria preso

Se o Papai Noel realmente existisse não seria bem-vindo quando chegasse ao Brasil.

A Receita Federal alegaria crime de descaminho pela importação de produtos sem o pagamento de impostos e cobraria 100% de multa sobre cada item.

Os políticos nacionalistas questionariam a entrada de produtos importados que “concorrem em condição desleal com a indústria nacional” e “aumentam nossa dependência do capital estrangeiro chinês”, afinal, a roupa dele é vermelha, só pode ser comunista.

O CADE abriria um processo contra o bom velhinho por dumping praticado ao distribuir presentes gratuitamente para acabar com os competidores locais.

O Ministério Público do Trabalho questionaria a jornada de trabalho dos duendes e sua mão-de-obra barata, enquadrando o barbudo como explorador de trabalho escravo.

Os militantes pelo direito dos animais fariam campanhas pelas redes sociais contra os maus-tratos feitos às renas obrigadas a carregar pesados presentes por todo o país. Como resultado, o Ibama iria autuar o Papai Noel por crime ambiental.

Os Correios entrariam com uma liminar no STF suspendendo a entrega dos presentes alegando que possuem o monopólio postal e a entrega de presentes que cabem em cartas deveria ser exclusividade dos Correios.

Os xenófobos alegariam que a presença de um estrangeiro sem documentação sobrevoando o Brasil constituiria uma grave ameaça à “segurança nacional”. Discursos inflamados seriam feitos no Congresso Nacional pedindo à FAB para derrubar o trenó do bom velhinho e acabar com sua livre viagem pelo Brasil.

Os militantes LGBT alegariam que ele não emprega duendes gays, lésbicas ou transsexuais, nem entrega bonecas com o órgão sexual masculino, e o acusariam de homofóbico.

A mídia faria matérias sobre o aumento da desigualdade social gerado pela distribuição de presentes somente aos “bons meninos” e criaria o termo “maufóbico” para se referir ao Papai Noel. Haveria mais um motivo para chamar Pabllo Vittar para todos os programas de televisão possíveis: comentar a transfobia do bom velhinho que não usa o termo “bxns meninxs”.

No fim, totalmente impossibilitado de fazer o seu trabalho e preso pela acusação de assédio ao tentar colocar um presente debaixo da cama de uma feminista, Papai Noel enviaria um último presente, especial, que o tiraria de toda esta enrascada.

Entregue por Fedex (por Sedex só chegaria depois do Ano Novo) a um tal Gilmar, o bom velhinho de todos os presos.

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