Software da UFRN ajuda na prevenção de perdas auditivas

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu na terça-feira, 9, o registro de propriedade para um aplicativo que facilita o acompanhamento auditivo e de linguagem de crianças que residem nas áreas de cobertura dos agentes comunitários de saúde (ACS). Denominado Agente Escuta, o aplicativo está sendo usado por agentes comunitários de saúde de diferentes localidades do estado, incluindo Natal, Caicó, Upanema, Santa Cruz, São Miguel do Gostoso, João Câmara e Currais Novos, em uma iniciativa cuja raiz está na pesquisa de mestrado da fonoaudióloga Alice Andrade Lopes Amorim, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia.

Entre suas funcionalidades, o software propicia o fornecimento de informações dos indicadores de risco para deficiência auditiva, orientações de como prevenir a perda auditiva, acompanhamento para a identificação da perda auditiva na infância e esclarecimentos sobre a triagem auditiva neonatal, dentre outras ferramentas. “O objetivo do aplicativo é contribuir para a identificação e intervenção precoce da perda auditiva na infância e a minimização das perdas auditivas por causas evitáveis. Nele, temos, por exemplo, recursos de gamificação por meio do ‘escuta game’, marcos do desenvolvimento e referência da localização espacial”, coloca Alice Amorim.

Segundo a professora Eliene Silva Araújo, a ideia surge em um contexto no qual a expansão e a qualificação da atenção primária à saúde têm sido vistas como as principais iniciativas para produzir mudanças qualitativas na saúde para as próximas décadas em todo o mundo. Para ela, é muito importante a proposição de soluções tecnológicas que visam a fortalecer esse nível de atenção.

“Esse aplicativo é direcionado exclusivamente para os profissionais da atenção primária à saúde, especialmente os ACS. No entanto, em parceria com a USP, campus de Bauru, já demos seguimento e desenvolvemos uma outra solução similar, voltado para os pais acompanharem o desenvolvimento de seus filhos”, pontua a docente. Araújo acrescenta que a ação surgiu de uma parceria do Departamento de Fonoaudiologia, PPGFon e Instituto Metrópole Digital. “No desenvolvimento desse projeto, a parceria iniciou com o professor Émerson Moura de Alencar, que infelizmente veio a falecer durante a pandemia da covid-19. Por causa disso, o professor Frederico Araújo da Silva Lopes passou a nos dar um suporte”, relata a docente. Além dos dois professores, Eliene e Alice, Frankleiton Levy de Sena Alves completa o grupo de autores do registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI).

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