Sob protestos, Caixa faz festa para 6 mil gerentes

Sem convite para entrar no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, funcionários de menor escalão da Caixa Econômica Federal protestaram nesta quarta (16) contra evento que reuniu seis mil gestores do banco para palestras e, ao fim, uma micareta com o cantor Saulo, ex-banda Eva.

Pela manhã e à noite, um caminhão de som encostou em frente ao estádio para criticar a iniciativa, considerada incoerente em função do momento vivido pela instituição, que anunciou cortes de R$ 2,5 bilhões e o fechamento de cem agências. Uma banda mais modesta, de som eclético, animou o que os organizadores chamaram de “festa dos excluídos”.

Só os gestores da Caixa, como gerentes gerais, superintendentes e diretores, foram chamados para o evento, batizado de “Seleção Caixa: em campo pelo Brasil”.

“Se todos os empregados têm responsabilidade de bater metas, porque só alguns são convidados? Se a Caixa é o que é, é por conta de todos os funcionários”, criticou Fabiana Uehara, trabalhadora do banco e diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília, que organizou o movimento. Ela diz que a Caixa não deveria fazer um evento de tal porte quando prepara um programa de eficiência e “ataque aos direitos dos trabalhadores”.A Caixa tem mais de 80 mil trabalhadores.

O custo do evento é mantido em sigilo pela instituição, que, mesmo nesta quarta, dia das palestras e da micareta, informou não ter concluído o orçamento. A Caixa convidou celebridades. Os mestres de cerimônia foram o ator Luigi Barricelli, astro de novelas globais, e a apresentadora Renata Fan, do Programa Jogo Aberto, da Band.

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