Diante dos questionamentos da imprensa do nosso Estado, reflexo das notícias nacionais que apontam para um possível reajuste no preço do combustível no país, o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte expõe, publicamente, sua preocupação com as sinalizações do Governo Federal de que poderá reajustar o preço do combustível.
O segmento da revenda no Rio Grande do Norte opera hoje no limite mínimo da viabilidade do negócio. Ainda que só agora o Governo traga, indiretamente, a possibilidade de aumentar o preço do combustível, pequenos reajustes já foram feitos pelas distribuidoras.
Lamentavelmente, o revendedor de combustível do Rio Grande do Norte terá, fatalmente, que repassar os novos aumentos que, por ventura sejam implantados pelo Governo.
O preço do combustível hoje no Estado tem uma variação média de R$ 2,78 a R$ 2,99 (fonte ANP – Agência Nacional de Petróleo), o que implica percentualmente em uma diferença de 7,5%. Segundo pesquisa da ANP, da composição do preço do combustível no nosso Estado 35,75% são pagos em impostos; 51,35% do preço da gasolina corresponde ao custo com produção, distribuição e transporte. E apenas 12,9% fica com a revenda. É exatamente com esse percentual que os comerciantes do segmento custeiam todas as despesas com pessoal, manutenção e outros impostos.
Esses números, atestados pela ANP mostram a realidade, de altos tributos, que deixam os revendedores sem flexibilidade para operarem com preços mais competitivos no nosso mercado.
Com apreensão acompanhamos os desdobramentos desse possível aumento de combustível que será anunciado pelo Governo Federal. Caso ele ocorra, perderemos todos nós: a população, que pagará um preço mais elevado pelo produto, e o revendedor, que, por sua vez, terá uma retração no volume de vendas.
No nosso Estado que tem a revenda de combustível como principal arrecadador e um segmento que gera mais de 30 mil empregos diretos e indiretos, nossos associados tem plena consciência da responsabilidade do negócio para impulsionar a economia potiguar. Exatamente, por isso, nossa preocupação compartilhada com a população do Estado.
Estamos todos nós na busca por preços mais competitivos para oferecer ao consumidor final. No entanto, a alta carga tributária e o preço, também elevado com que o produto chega das distribuidoras, travam iniciativas mais arrojadas com vistas a isso.
A população do Estado tem a certeza de uma revenda comprometida em oferecer preços competitivos e convicta da responsabilidade que exerce junto a economia potiguar na geração de empregos e arrecadação de tributos.
Diretoria do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN)