Redução da força de trabalho pós-pandemia impede taxa de desemprego maior no Brasil

O desemprego no Brasil recuou para 7,7% no terceiro trimestre, a menor taxa desde 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O dado positivo, no entanto, esconde uma participação no mercado de trabalho ainda abaixo do nível pré-pandemia.

Fernando Barbosa Filho, pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), explica que a atual participação de trabalhadores reduz a preocupação com o nível de desemprego, mas acende um alerta para a economia.

“Se colocássemos todas as pessoas que estavam na força de trabalho antes da pandemia de volta, e elas não conseguissem emprego, nossa taxa de desemprego ainda estaria em torno de 10%”, avalia Barbosa.

A constatação leva em conta que o percentual da população com 14 anos ou mais para trabalhar que se encontra em atividade ou buscando emprego passou de 63,4%, em fevereiro de 2020, para 61,8% no trimestre encerrado em setembro.

“As condições estão mudadas. Portanto, comparar o nível atual de desemprego com o do passado é como comparar uma temperatura medida em grau Celsius com outra em Fahrenheit”, completa Barbosa.

O pesquisador observa que a taxa de participação, que chegou a cair para 56,7% no trimestre móvel encerrado em junho de 2020, no ápice da pandemia do novo coronavírus, passou a se recuperar até o terceiro trimestre do ano passado. Desde então, há uma estagnação.

R7

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