Do UOL:
Na semana em que religiosos se reuniram em frente a um hospital de Recife (PE) para tentar impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte pretendia analisar um projeto que quer, na prática, dificultar o aborto legal no Estado e sujeitar mulheres a técnicas que sugerem tortura psicológica para que desista da interrupção da gravidez.
“Ao ser expedido alvará por autoridade judiciária permitindo o aborto, antes de realizá-lo, a gestante aguardará o prazo mínimo de 15 dias em que se submeterá obrigatoriamente a atendimento psicológico com vistas a dissuadi-la da ideia de realizar o abortamento”, prevê o projeto 028/2020, de autoria do deputado Kleber Rodrigues (PL-RN).
Em outro trecho do artigo 2 o projeto determina a “demonstração de técnicas de abortamento com explicações sobre os atos de destruição, fatiamento e sucção do feto, bem como a reação do feto a tais medidas”.
O projeto estava previsto para entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e Redação (CCJ), presidida por Kleber Rodrigues, na terça-feira. Uma série de protestos provocados por movimentos de mulheres no estado por meio redes sociais fez com que o texto fosse retirado de discussão.
“Desde ontem [segunda] iniciamos uma mobilização nas redes repercutindo a questão e hoje [terça] recebemos a notícia de que o projeto não estava mais na pauta. Mas pode voltar a qualquer momento, por isso a luta segue para que seja arquivado”, afirma a estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brisa Bracchi, que faz parte da Marcha das Mulheres.
Procurado, o deputado Kleber Rodrigues afirmou, por meio de sua assessoria, que considera alterar pontos do projeto ou até retirá-lo em definitivo diante da reação contrária.
3 respostas
Devia botar a mãe, avó, filhas, esposa e irmãs dele pra assistirem esse vídeo. Depois ele botava em pauta. É cada doido.
Esse deputado tem o que na cabeça,Que vergonha tantas coisas pra se lutar no nosso RN e esse sem futuro com um tipo de projeto desse, isso é uma vergonha.. não se o projeto ou ele…
Que projeto mais imundo! Um cara desses deve ser um doente mental. Temos que expurgar “criaturas” como essa da vida pública. Que monstro!