
O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, diz que as características do Telexfree, sistema de telefonia de voz sobre IP (VoIP, na sigla em inglês), sugerem prática de estelionato. O Telexfree e a empresa responsável, a Ympactus Comercial LTDA., são investigados por Secretaria Nacional de Justiça, Procuradoria Geral da Fazenda e ministérios públicos de Bahia, Pernambuco, Acre, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais. Há reclamações também no Rio Grande do Sul, segundo a Polícia Civil capixaba.
Além de vender planos de minutos de telefonia VoIP, o Telexfree atrai interessados em atuar como promotores do serviço, que pagam por um kit de divulgação via internet com a promessa de ganhar dinheiro.
No inquérito instaurado em 25 de janeiro pela Promotoria de Justiça de Lucas do Rio Verde (MT), a promotora responsável, Fernanda Pawelec Vieira, argumenta que a atividade da empresa consiste em “evidente formação de pirâmide” e não em marketing multinível do produto oferecido pela empresa. A atividade predominante, segundo o despacho das promotora, “consiste na captação de recursos financeiros” em detrimento da venda dos pacotes VoIP.
“Toda a característistica de atuação pode nos levar a acreditar que seja uma modalidade de estelionato”, diz Prado ao iG , que ressalta ainda não ser possível tratar o caso como pirâmide financeira. Além de um inquérito civil e de encaminhamento para a área criminal, o MP-MT emitiu uma orientação para que todos os seus funcionários e prestadores de serviço cessassem todas as relação com a empresa.
“Virou uma febre, uma epidemia e, de uma hora para outra, verificamos pessoas conhecidas, até do laço de convívio, enfeitiçadas por essa chamada de dinheiro fácil”, afirma o procurador-geral. “Pessoas de todas as idades, inclusive idosos, vendendo veículos, colocando joias no penhor, fez todo o Ministério Público em geral e a própria Polícia Civil se alertarem.”
O Ministério Público da Bahia informou que o caso Telexfree é investigado pelo Núcleo de Crimes Cibernéticos do órgão. Em Minas Gerais, a queixa de uma família que se sentiu lesada pelo serviço foi encaminhada à promotoria criminal na última terça-feira (12).
Uma resposta
E já tem outra do gênero, chamada de BBom, e tem vendido bastante, inclusive em Caicó.