Precatórios: Defesa de Osvaldo Cruz não cita provas

O desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Osvaldo Cruz, voltou a se defender das acusações de que autorizou pagamentos indevidos e recebeu  parte do dinheiro desviado da divisão de precatórios do TJ.

Essa foi a segunda nota ofi cial divulgada pelo desembargador desde que o nome dele e o do colega dele Rafael Godeiro surgiram no escândalo. Apesar da defesa, Cruz não cita nem nega as assinaturas nos cheques nominais endereçados a integrantes da quadrilha que agia no TJ. Na edição de ontem, o NOVO JORNAL publicou cópias de documentos que, segundo o Ministério Público, provam o envolvimento dos dois desembargadores ao esquema de corrupção.

Ele repudia as acusações e compara a gestão dele com a dos ex-presidentes que passaram pelo tribunal bem como aqueles que o suscederam. “Esclareço que o procedimento de pagamento dos precatórios realizados durante a minha gestão foi idêntico ao das gestões que me antecederam e sucederam, nos estritos termos da legislação, com o acompanhamento constante do Ministério Públi-
co e das Procuradorias Jurídicas dos entes devedores”, diz a nota.

Ele lembra que “o suposto esquema foi elaborado com elevado grau de sofi sticação que tanto os Presidentes do Tribunal, o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça não constataram quaisquer irregularidades” e tenta desqualifi car a ex-chefe da divisão dos precatórios, Carla Ubarana. “Lembro aos meus pares e à sociedade que as acusações são formuladas por pessoa que confessou ter desviado milhões dos cofres públicos, no bojo de uma estratégia para obter benefícios pessoais e processuais”, afi rma.

Na nota oficial, Osvaldo Cruz ainda reclama que não foi lhe dado o direito de ver as informa- ções sobre os precatórios. “Inicialmente, oficiei a Presidente do TJRN – que fora Vice-Presidente no mesmo biênio em que sou investigado, tendo colaborado para o engrandecimento da Justiça Estadual, – há mais de 70 dias – para que me fosse disponibilizado todas as informações a respeito dos precatórios pagos durante a minha gestão, contudo, até o presente momento, não obtive resposta”, disse.

Osvaldo Cruz reiterou que disponibilizou os sigilos bancários, telefônicos e fiscais e encerra dizendo que tem certeza da própria inocência. “Desejo que as notícias divulgadas sejam apuradas, pois, somente assim, a verdade será descoberta e a minha inocência ratifi cada. Como Magistrado tenho profunda convicção na realização da Justiça. Aguardarei com tranquilidade daquele que é ciente de sua inocência e  a bravura de quem defende a sua honra”, afirmou.

Do Novo Jornal

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