Pix avança na preferência de quem paga e recebe em Natal

Do chaveiro do bairro do Tirol à clínica de Lagoa Nova, passando pela cigarreira de Petrópolis ao comércio popular do Alecrim, em Natal, em poucos meses, o Pix deixou no passado a grande revolução dos cartões de débito, prometendo tirar da zona de conforto também os cartões de crédito.

Quem tem um celular e uma conta bancária não precisa mais pagar custos administrativos dos meios de adquirência, como são chamadas as famosas “maquininhas” que intermediam, mediante comissionamento, pagamentos realizados com cartões de crédito e de débito.

Em abril último, o Banco Central anunciou o Pix Cobrança para pagamentos futuros, que vai funcionar como uma espécie de boleto, e o Pix Agendado.

“Com tudo isso, pra quê cartão?” – pergunta o Raimundo, motorista de aplicativo que faz bico vendendo confecção comprada no atacado da avenbida Pompeia, na zona Norte.

Dados do Banco Central do Brasil mostram que vem crescendo o volume de pagamentos feitos por pessoas físicas para uma empresa pelo celular. As transações totais com Pix, de qualquer natureza, cresceram três vezes e das pessoas físicas para jurídicas, quatro vezes.

Uma pesquisa feita pelo Ipec (antigo Ibope) e divulgada em maio, já mostrava que 67% dos brasileiros já tinham a intenção de pagar com Pix as compras no comércio.

A partir do ano que vem o BC deve inaugurar os pagamentos sem o consumidor precisar de uma conexão à internet. Pelo “QR Code Offline” o usuário sem conexão poderá comprar pelo PIX e o pagamento continuará com o envio da informação feita pelo recebedor.

Os dados oficiais demonstram que, por enquanto, o Pix é mais adotado por parte dos microempreendedores e pequenos comerciantes, ao passo que as lojas mais estruturadas ainda precisam de uma tecnologia para integrar o Pix ao caixa e tornar a venda mais fluida e sem filas.

A substituição do cartão de débito pelo Pix ainda não é mais expressiva no varejo, mas já começa a ser percebida pelas administradoras. A prova é que entre novembro e abril, os pagamentos com boleto caíram 5% e as transferências com DOC e TED, juntas, recuaram 43%, enquanto o Pix teve aumento de 1.400%.

Enquanto o varejo físico se mexe para melhorar a experiência com o Pix, o comércio online tem encontrado menos barreiras para avançar.
Plataformas de marketplace – como Americanas, Mercado Livre e Buser – e de e-commerce, como Nuvemshop, têm oferecido a tecnologia para que os lojistas realizem suas vendas, com a vantagem de ser uma experiência mais fácil para o consumidor, que não precisará mais digitar os dados do cartão para efetuar a compra no site.

Por enquanto, ainda segundo a avaliação dos especialistas, o varejo físico e o cartão de crédito ainda estão sendo poupados dessa revolução.

Seja no pequeno, no médio ou no grande estabelecimento, não há ainda como o Pix substituir o crédito, uma modalidade de pagamento culturalmente enraizada no varejo brasileiro. Mas isso pode mudar rapidamente.

Agora RN

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