PGR diz que deputado pagou testemunha para desqualificar Lava Jato

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) imponha ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em sua residência após o trabalho na Câmara dos Deputados.

A Procuradoria também quer que o deputado fique proibido de manter contato com testemunhas das investigações contra ele no Supremo. As medidas foram pedidas porque, segundo a PGR, Eduardo da Fonte teria remunerado testemunhas de defesa que prestaram depoimento em seu favor para desqualificassem o resultado das investigações.

Segundo a Procuradoria, numa audiência na última quarta-feira (10), um perito aposentado da Polícia Federal afirmou em depoimento ser sócio-administrador de uma empresa especializada em perícias que foi contratada pelo deputado e confessou ter tido acesso prévio às provas sobre as quais falaria na condição de testemunha, o que é proibido por lei. O pedido da PGR foi apresentado ao ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.

Eduardo da Fonte é réu em uma ação penal por suspeitas de ter recebido R$ 300 mil de propina que foram destinados à sua campanha eleitoral em 2010, além de responder a outros três inquéritos no Supremo por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.

A defesa do deputado já havia afirmado que ele não cometeu nenhum crime e que os recursos para sua campanha foram arrecadados de forma legal. A reportagem do UOL não conseguiu entrar em contato hoje com a defesa do deputado.

UOL

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