O setor de petróleo e gás no Rio Grande do Norte ainda é responsável por 55,2% do valor da transformação industrial, e vem injetando na economia estadual cerca de 4,5 bilhões de reais anuais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual corresponde à diferença entre o valor bruto da produção industrial e o custo com as operações industriais.
Apesar da estatística ainda se referir ao ano de 2014 (que é a mais recente disponível), isso indica a importância que o petróleo ainda possui para a economia do Estado. Contudo, o Rio Grande do Norte e o Ceará têm sofrido com a desativação gradual de campos de petróleo e gás somado à queda nos investimentos, tanto por parte da Petrobras quanto das demais empresas que operam na Bacia Potiguar.
Apesar de já ter chegado a produzir mais de 100 mil barris de petróleo-equivalente (petróleo e gás natural somados) nos anos 90, a parte terrestre da Bacia Potiguar oscila hoje entre 60 e 70 mil barris de petróleo-equivalente pro dia. Muitas empresas fornecedoras da Petrobras foram atingidas pela redução dos investimentos, especialmente na região mossoroense.
A atual situação da atividade petrolífera em terra será o alvo das discussões no I Seminário Estratégico “Terras de Petróleo” que acontecerá no dia 19 de maio, a partir das 14:30 horas no auditório principal da sede do Fecomércio/RN. O seminário vai debater as ações e proposições para a revitalização das atividades de petróleo em terra para os estados do Rio Grande do Norte e Ceará.
Entre as instituições participantes estão o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Federações das Indústrias e do Comércio dos Estados do RN e CE, sindicatos locais de empresas e de trabalhadores, universidades, SENAI, SEBRAE, Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), empreendedores e trabalhadores do setor.