Pauta econômica do Congresso no radar dos investidores

Com agenda econômica leve até a divulgação do IPCA-15, na sexta-feira, o mercado deve ficar atento ao andamento das negociações dos parlamentares para as pautas relacionadas às contas públicas. Embora o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tenha mantido a reunião de líderes partidário que vai discutir o arcabouço fiscal para a noite desta segunda-feira, ainda há receio de que a matéria não avance nos próximos dias.

A articulação no Congresso Nacional sem a presença de Lula e do ministro da Fazeda, Fernando Haddad, nos próximo dias pode impor atrasos às conversas. Ambos retornam de missão oficial à África somente no dia 28, enquanto a Câmara dos Deputados aguarda a definição da reforma ministerial prometida pelo Executivo. O governo ainda enfrenta resistências no parlamento, e o atraso para a definição dos espaços pleiteados por aliados pode dificultar as pretensões governistas no Legislativo.

Além da discussão sobre o arcabouço fiscal, o pauta econômica no Congresso Nacional ainda tem MP (Medida Provisória) do salário mínimo e a correção da tabela do IR (Imposto de Renda). O texto, que inclui a tributação de fundos offshore, deve sofrer um revés com a retirada da ideia dos novos impostos e, consequente, atraso para a definção de novas fontes de receitas para o governo. Na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), os senadores agendaram para esta terça-feira (22/08) a leitura do relatório do projeto que ressuscita o voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

No cenário internacional, a China decepcionou os investidores com cortes nas taxas de juros aquém do esperado. A PLR (Prime Loan Rate) de 1 ano foi reduzida 10 pontos base para 4,35% a.a. e a de 5 anos foi mantida em 4,20% a.a.. A expectativa do mercado era de cortes de 15 pontos base em ambas. O gigante asiático tem encontrado dificuldades para fomentar os empréstimos sem danificar a estabilidade do sistema financeiro e da moeda local.

No campos das commodities, o minério de ferro era negociado em alta de 0,56% em Singapura, a US$ 107,45 a tonelada. O petróleo tipo Brent também operava com ganhos, vendido a US$ 85,53, com valorização de 0,85%.

O Antagonista

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