Pároco promove café com a imprensa para apresentar programação da Festa de Sant’Ana

Uma resposta

  1. Abrigai-nos docemente dentro em vosso coração!

    O povo está animado. A ansiedade toma conta de todos. A festa tá chegando. Mas não é qualquer festa, é A Festa do povo de Caicó, a maior demonstração de Fé que uma cidade pode ter. É a Festa do Reencontro, onde os “filhos teus em caravana” tomam conta de toda a cidade. É a Festa da alegria. É a Festa imortalizada na mente de quem por aqui já teve. É a Festa da mãe, da avó, da patrona, da padroeira, da “senhora doce e clemente”, protetora dos sertões. É a Festa de Sant’Ana de Caicó! O arrepio por todo o corpo, o estandarte tá levantado e a Festa começou. A Catedral lotada. Muita gente pra pouco espaço. Os bancos da velha matriz já não são suficientes. A novena termina, e vamos a Ilha de Sant’Ana, e quão grande beleza pode ser vista por aqui. No outro dia a cavalgada, o leilão, a carreata, a missa solene, e quando percebo, já chegou a hora da grande procissão. Sant’Ana está ali, saindo pela porta principal, majestosa, digna de respeito, e as lágrimas tomam conta dos meus olhos. A multidão emocionada, cantando, rezando, com o terço entrelaçado aos dedos e os pés descalços, dando prova de uma Fé inabalável, jamais vista. E lá vem Ela de volta, linda, encantando e fazendo, mesmo que seja por poucos minutos, todos estarem realmente unidos. Ela entra pela porta principal novamente, e as rosas do andor, abençoadas pela “mãe da graça e do perdão” são tiradas uma a uma pela multidão e levadas para casa como um verdadeiro prêmio. O estandarte já desceu, e o ‘hino do sertão’ continua a ser entoado. Tá acabando mais uma vez, e agora só o próximo ano… Quem dera a Alegria, a Paz, a Fé e a irmandade que toma conta de Caicó na grande Festa estivesse presente na cidade por todo o ano. Quem dera os políticos andassem pelas ruas e falassem com o povo como fazem na Feirinha. Mas pra nossa infelicidade, é apenas um “quem dera”. O ‘Caicó arcaico’ vai indo, ano após ano, abandonado, sem ‘dono’, cada vez mais esburacado, cada vez mais ‘assaltado’, cada vez mais sofrido, e a esperança do povo vai se perdendo no meio do caminho. Quem dera a democracia prevalecesse por aqui ao invés das ‘ditaduras’. Mais “minha linda cabocla com cheiro de queijo, manteiga e melão” vai suportar tudo isso, com a intercessão de Sant’Ana, e quem sabe um dia, em Caicó seja Festa de Sant’Ana o ano todo, com as ruas bonitas, a Fé inabalável, o povo feliz. Ah! Sant’Ana, quem sabe um dia… A minha gente tem esperança, e esse dia há de chegar. “Peregrino, a Catedral, por ti sempre vai rezar. A Sant’Ana, tu prometas:Para o ano hei de voltar!”. Viva Sant’Ana!!! Viva Caicó!

    Augusto de França Maia

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