Para sobreviver, DEM já admite fusão a outro partido

O Jornal o Globo destaca que a sala da liderança do Democratas na Câmara tem apenas uma foto na parede. É de Luís Eduardo Magalhães. Filho de Antonio Carlos Magalhães e ex-presidente da Câmara, Luís Eduardo simboliza um tempo que o partido não gosta de esquecer. Modernizador, carismático, poderoso, ele foi preparado longamente para levar o então PFL de volta ao poder central. Em 1998, iria para o governo da Bahia. Nos planos no PFL, em 2002 estaria pronto para chegar ao Palácio do Planalto com auxílio do presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas no dia 21 de abril de 1998, um infarto fulminante levou Luís Eduardo e, com ele, as esperanças de toda uma geração do partido.

Desde então, uma espécie de maldição parece pairar sobre o partido – rebatizado em 2007 como Democratas, ou DEM. Rosena Sarney, Cesar Maia, José Roberto Arruda e agora Demóstenes Torres. Todos nomes cotados, em maior ou em menor grau, para disputar a Presidência da República. Todos, por motivos diversos, abatidos antes mesmo do início da campanha. A opinião disseminada é que a fusão pode tornar-se inevitável, dependendo do resultados das eleições deste ano. Metade dos ouvidos opinou sobre a possibilidade de uma fusão. O PMDB foi o partido preferido, com 50% dos votos, o dobro do PSDB.

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