Uma reportagem recente da Folha de São Paulo trouxe números sobre os rendimentos do atual Comandante do Exército brasileiro, General de Exército Tomás Paiva. A matéria mostra ganhos relativos à passagem para reserva do militar e ajudas de custo relativas à mudança de localidade.
Os dados financeiros são, conforme mencionado no próprio texto, ganhos legais e que fazem parte da rotina orçamentária não só do Exército, mas também da Marinha e da Aeronáutica.
Tomás Paiva recebe R$ 24.495,36 líquidos, que, acrescidos dos R$ 16.883,34 referentes à função comissionada CCX 011.8 de Comando da Força terrestre, catapultam o salário do “quatro estrelas” para R$ 41.378,00.
A matéria da Folha de São Paulo não foi sensacionalista, ateve-se aos números do Portal da Transparência, mas mesmo assim a repercussão negativa aos olhos do público pode ser comprovada nos comentários sobre a reportagem abaixo.
Outra reportagem, essa da Revista Fórum, e baseada em um levantamento do Uol sobre os pagamentos feitos pelo Exército nos últimos 4 anos, diz que o valor gasto com os militares da base – subtenentes, sargentos, cabos e soldados – da Força terrestre é o mesmo valor gasto para custear os salários de generais da ativa, da reserva e pensões para suas viúvas e herdeiros. R$ 3,8 bilhões é o montante.
Segundo o Relatório Setorial da Defesa para o Orçamento de 2023 , publicado na Agência Câmara de Notícias, a área de Defesa tem R$ 124,4 bilhões no Orçamento de 2023. Desse valor, destina 78,2% (quase R$ 100 bi) somente a despesas com pessoal.