A equipe de transição da governadora eleita Fátima Bezerra, capitaneada pelo vice-governador eleito Antenor Roberto, acusa a atual gestão de transferir responsabilidades para o próximo governo. Pura balela. Quem transfere a responsabilidade é o voto, escolha popular que quis eleger Fátima governadora. Ou o vice-governador eleito acha que Fátima vai receber um Estado que nasce em janeiro de 2019? O Estado não se confunde com o Governo do PT. É maior e com ele seguem os problemas e as soluções.
A situação é muito parecida como comprar uma empresa. O sucessor responde pelos débitos, independentemente de ter dado causa. Se Fátima Bezerra não queria a responsabilidade, não deveria ter sido candidata ao Governo. Ficasse no céu do Senado com sua pauta “Lula Livre”.
Ao estudar parcelar salários, a governadora eleita quer deixar o passado para trás e começar janeiro pagando em dia. Também tenta antecipar o futuro com receitas royalties. Joga suas fichas nos primeiros 90 dias. Sem passado e futuro, o governo vai viver três meses de bonança. Até a realidade bater na porta.
Aí o discurso fácil de ser oposição vai se confrontar com a realidade. Realidade outorgada pelo voto.
Por Gustavo Negreiros