Aumento do consumo de produtos químicos para tratamento da água, aumento no número de ligações clandestinas em busca de abastecimento de água e, consequentemente, aumento de vazamentos na rede pelas intervenções irregulares, são apenas algumas consequências negativas resultantes da crise hídrica que o Estado vem enfrentando nos últimos anos. Estes e outros problemas, “A Seca no RN: seus impactos e as ações de adaptação”, estão sendo discutidos no Seminário Técnico que começou nesta quarta (22), quando se comemora o Dia Mundial da Água.
O evento integra a Semana da Água no RN, que tem a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) como uma das parceiras, e é realizado até esta quinta (23), na Escola de Governo, com a presença de especialistas na área ambiental e hídrica, tendo ainda como parceiros o Igarn e Semarh.
Os dados apresentados sobre o decaimento da disponibilidade hídrica no RN chamaram a atenção no primeiro painel realizado pela manhã desta quarta, em palestra do Diretor-Presidente do Igarn, Josivan Cardoso, intitulada “A Situação atual da disponibilidade hídrica do RN”. Em 2010, nenhum dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn estavam na situação de volume morte ou seco. Atualmente, temos 12 reservatórios secos e 15 em volume morto. “Nosso maior desafio hoje, que temos apenas 16% do volume total destes mananciais, é manter o maior volume de água disponível no maior tem possível, considerando a prioridade sendo o abastecimento humano, mas sem esquecer dos demais usos da água”, explicou.