Salão Nobre da Assembleia Legislativa recebe feira de artesanato potiguar

Após uma vida inteira de contribuição laboral, muitas das mulheres que expõem seus trabalhos de artesanato no Salão Nobre da Assembleia Legislativa até esta sexta-feira (2) se viram envolvidas pelo ócio. Algumas, inclusive, na depressão. Entre agulhas, tintas, bordados e crochês, no entanto, elas têm encontrado a força da qual precisam para se reinventar.

“Eu me aposentei, depois perdi meu filho em um acidente de trânsito e me vi completamente depressiva. Minha mãe é artesã e fui passar um tempo com ela em Minas Gerais. Quando voltei, eu já estava fascinada pelo crochê. Até com ele sonho. Passei a ocupar minha mente com o artesanato e tenho conseguido hoje viver mais em paz”, relatou Rosângela Chácara, 60, enquanto tricotava uma peça em crochê.

A exposição no Salão Nobre da Assembleia Legislativa reúne uma variedade de peças para agradar todos os gostos. Em comum, o zelo, cuidado e perfeccionismo que os artesãos emprestam aos bordados em pano de pratos, conjuntos para banheiros, tapetes, portas-guardanapo e uma infinidade de acessórios e utensílios domésticos. A variedade também se estende sobre os preços, que cabem em todos os bolsos. “Dá para agradar a todo mundo”, resume Rosângela.

Como ela, Edilma Lima, 62, também se viu apanhada pelo ócio após se aposentar e deixar a vida pública. “Eu já gostava de cuidar da decoração das festas, então só precisei ir aprendendo o que queria”, contou ela, que se orgulha dos sousplats que faz. “Olhe esse. Há pedrarias aqui no adorno, o que significa que essa peça é mais ornamental. Nem pense em lavá-la”, adverte a artesã.

As artesãs relatam que a vantagem de expor no Salão Nobre da Assembleia Legislativa é a rede de contatos que elas fazem. O retorno, afirmam, é garantido.

“Há casos de gente que não vende nada aqui, mas depois começam a receber os pedidos porque foi aqui que suas peças foram vistas. Então, esse é um espaço muito disputado pelos artesãos porque essa rede de relacionamento é certa que aqui será feita”, explicou Maria de Fátima Nascimento, 51.

A feira de artesanato segue até a próxima sexta-feira. A exposição ocorre no horário de funcionamento da Casa, das 8h às 15h, e a entrada é gratuita.

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