Potiguar disputa Mundial de Paraciclismo no Canadá

Ana Raquel Montenegro tem 27 anos, e entrou pela primeira vez numa piscina aos 2 meses de idade. O esporte era parte do tratamento de fisioterapia. Ela nasceu com a Síndrome de Poland, que é rara e afeta a região torácica. É caracterizada pelo subdesenvolvimento ou ausência do músculo peitoral. Em alguns casos provoca sindactilia nas mãos, que é quando os ossos ou membranas dos dedos estão unidos.

Aos 8 anos, Ana Raquel deu as primeiras braçadas em competições oficiais, disputando lado a lado com atletas sem deficiência. Aos 14 entrou no paradesporto, onde se destacou. Representando a Sadef – Sociedade Amigos do Deficiente Físico, foram muitas conquistas, participação no Parapan do Rio, até que em 2015, ela resolveu mudar. “Nesse ano o triathlon entrou nos Jogos Paralímpicos, e isso despertou meu interesse na modalidade. Encarei a mudança como um desafio”, diz ela.

No ano seguinte, a potiguar já estava no Rio de Janeiro, disputando a paralimpíada. Terminou na honrosa 11ª colocação, e ainda mais gás pra seguir no esporte. Tanto que se dividiu entre o triathlon e os treinos específicos de ciclismo, terceiro esporte mais importante nos Jogos Paraolímpicos, atrás apenas do Atletismo e da Natação.

Próxima semana, a atleta da Sadef estreia em uma competição internacional da modalidade: a Copa do Mundo de Paraciclismo, no Canadá. “Viajo cheia de boas expectativas. Estou confiante que vou ficar no Top 10 Mundial. Vou também com o objetivo de pontuar e conseguir a vaga para os Jogos Parapanamericanos 2019, no Peru”, acredita.

Nesse primeiro ano no ciclismo, Ana Raquel já subiu ao pódio na Copa Brasil, foi prata. E quer repetir o feito na volta do Canadá, no Circuito Panamericano que acontece no fim do mês, em São Paulo.

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