Paulo Bernardo vira réu na Operação Custo Brasil

Por Eduardo Gonçalves, na VEJA.com:

O ex-ministro Paulo Bernardo e outras 12 pessoas se tornaram réus nesta quinta-feira. O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal de São paulo, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) referente à Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato em São Paulo. Ex-ministro de Dilma e Lula, Bernardo foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele é acusado de montar e operacionalizar um esquema de fraudes na liberação de créditos consignados do Ministério do Planejamento, que teria desviado cerca de 100 milhões de reais entre 2009 e 2015 – ele foi titular da pasta de 2005 a 2011.

Além de Paulo Bernardo, viraram réus os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Paulo Ferreira, o ex-vereador petista Alexandre Romano e o ex-secretário de Gestão da prefeitura de São Paulo, Valter Correia da Silva. Os dois tesoureiros — um sucedeu o outro no cargo — são acusados de arrecadar dinheiro do esquema para os cofres do PT. Valter Correia, à época secretário de gestão do Planejamento, teria assumido a função de Paulo Bernardo, quando este saiu do Planejamento para assumir o Ministério das Comunicações.

Ao acatar a denúncia, o juiz frisou que a peça está amparada em vasta documentação, que inclui e-mails interceptados e depoimentos de delação premiada, e “descreve adequadamente a materialidade e a autoria delitiva” dos envolvidos. O magistrado pondera, no entanto, que o recebimento da denúncia não significa reconhecimento de culpa, mas de indícios suficientes para a instauração da ação penal.

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