Para Flávio Rocha, proposta de reforma tributária do governo é ‘tímida’

Os primeiros detalhes sobre a reforma tributária do governo federal, que deve ser apresentada na próxima semana, não agradaram o empresariado mais engajado no assunto. Depois que o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, revelou a linha mestra do projeto em evento do BTG Pactual na quinta-feira (8), o empresário Flávio Rocha (Riachuelo) considerou “tímida” a iniciativa. “Ela repete o mesmo erro da CPMF. Nós não queremos CPMF, que é o imposto do cheque”, diz.

Rocha é fundador do grupo Brasil 200, que reúne empresários defensores de uma renovação do sistema tributário com um imposto único capaz de atingir todas as movimentações financeiras. Para ele, a CPMF é um tributo que não gera distorção, mas é limitado. “CPMF incidia só sobre contas-correntes”, diz.

O empresário defende um tributo mais amplo, que seria chamado de E-tax e abrangeria a base total das movimentações. “É irracional fazer um imposto sobre transações e deixar o sistema financeiro fora”, afirma Rocha.

A sinalização apresentada pelo secretário, porém, pretende unir pontos das diferentes propostas em tramitação no Congresso, montando um tripé com reforma do IR (Imposto de Renda), imposto único sobre consumo e serviços, além de contribuição previdenciária sobre movimentações financeiras.

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