O deputado Marco Feliciano (PSC) publicou um vídeo em seu Facebook neste sábado (6) negando as acusações de Patricia Lelis. Ao lado da esposa Edileusa, e com a voz embargada, o deputado afirma que a denúncia de assédio sexual feita pela estudante de jornalista é “uma grande farsa”.
O caso de violência e abuso sexual do deputado contra a jornalista, que também é militante do PSC, foi revelado pela Coluna Esplanada, do UOL. De acordo com áudios e prints de conversas que envolvem o chefe de gabinete, Talma Bauer, a jovem e o deputado, Patrícia havia ameaçado fazer um boletim de ocorrência, relatando que tinha sofrido abuso, mas Talma pediu para ela recuar.
Em uma das gravações, Patrícia diz:
“Com todas as letras, ele deu em cima de mim mesmo de uma forma assim descarada. Me levou a fazer coisas à força, que eu tenho prova disso. Dentro da casa dele, falou que tava tendo reunião na UNE. Pra eu ir pra lá. Cheguei lá, e não tava tendo. Ele não me deixou sair, fez coisas à força. Eu tenho a mensagem para ele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri e diz: ‘Passa um batom por cima’. Eu tenho todas essas provas.”
O interlocutor (a quem é atribuída a identidade de Bauer) responde: “Você falou a verdade, não está fazendo favor a ninguém, você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima?”
Após o depoimento de Patrícia à polícia, Talma Bauer chegou a ser detido sob acusações de ameaça.
De acordo com a Veja SP, a Polícia Civil vai pedir a prisão temporária do assessor por suposto envolvimento em sequestro, ameaça e constrangimento.
“Ainda estamos apurando as denúncias contra o assessor. Quanto ao político, os autos serão enviados para Brasília”, afirma o delegado titular do 3º DP, Luis Roberto Faria Hellmeister.
Segundo o site, antes de ser preso, o chefe de gabinete negou todas as acusações e afirmou que “o pastor Feliciano é um homem correto e religioso”.
Neste sábado (6), o site Gospel Pride saiu em defesa de Marcos Feliciano – também pastor da igreja neopentecostal Catedral do Avivamento – e apresentou supostos prints de conversas entre o deputado e a jornalista, na qual a jovem teria enviado para ele fotos íntimas.