Morte de presos em caminhão do Governo teve algemas rompidas e estrangulamento

A causa da morte de quatro detentos que seguiam do Centro Regional de Altamira para Belém em um caminhão-cela, na madrugada de ontem, foi asfixia mecânica causada por estrangulamento

O secretário de Segurança do Estado do Pará, Ualame Machado, disse que o laudo pericial foi realizado e atestou que o veículo usado para o transporte dos presos seguia todas as exigências do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e estava com o sistema de ventilação funcionando perfeitamente.

Os 30 presos pertencentes à mesma facção criminosa que liderou o ataque em Altamira, seguiam em quatro celas presos de dois em dois com algemas plásticas. Eles eram monitorados por um sistema de câmeras, assistidas por quem estava na boleia.

“Eles não morreram pela qualidade do transporte. Mas em algum momento se desentenderam, e a motivação está sendo investigada. Foi instaurado um inquérito policial em Marabá, e os 26 estão sendo ouvidos para esclarecer. Todos eles, por muito tempo, inclusive por meses, conviveram na mesma ala e até mesma cela”, acrescentou Ualame Machado.

Segundo o delegado-geral Alberto Teixeira, nove presos estão diretamente envolvidos nas quatro mortes, pois estavam com as algemas rompidas. Os demais podem responder por omissão relevante, pois tinham como ver o que ocorreu. Tanto os mortos quanto os suspeitos possuem marcas e arranhões, o que indica luta corporal, e por isso deverão ser feitos exames de DNA para confirmar quem cometeu os crimes.

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