Ministra apoia China em eleição de olho em mercado que pode beneficiar RN

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está em Roma neste domingo (23) para a Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O evento irá eleger o diretor-geral que vai comandar a instituição nos próximos 4 anos. De olho em parcerias com a China que podem beneficiar inclusive o Rio Grande do Norte, a ministra reafirmou apoio ao candidato chinês Qu Dongyu, que é vice-ministro da Agricultura.

Desde 2012, o cargo é ocupado pelo brasileiro José Graziano da Silva, eleito para dois mandatos (2012 a 2015 e 2015 a 2019). Diante da experiência do Brasil nessa eleição, Tereza Cristina se comprometeu a trabalhar para convencer outros países e indecisos. Vence o candidato que obtiver 50% mais um voto em qualquer turno.

Tereza Cristina reforçou que a eleição na FAO aumenta a cooperação entre os dois países. Segundo a ministra, Brasil e China têm muitos assuntos para definir dentro da pauta agrícola, mas que o momento atual é focar no sucesso “do nosso candidato” na FAO.

MISSÃO À CHINA

Em maio passado, a ministra liderou missão à China quando debateu a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação de carnes ao mercado chinês. Ela também levou ao país asiático uma pauta que muito interessa ao Rio Grande do Norte, que é a exportação do melão potiguar ao mercado chinês.

A missão do Ministério da Agricultura à China contou também com uma comitiva de empresários potiguares, entre eles o presidente do Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX-RN), Luiz Roberto Barcelos, conhecido como o Rei do Melão. Ao final da viagem, ele disse que o resultado não foi tão animador para os produtores potiguares, mas que as tratativas continuam.

“O resultado não é tão animador quanto gostaríamos que fosse, mas temos algumas notícias positivas para dar. O processo da liberação do melão está caminhando, a questão é técnica, não é política nem comercial. Há uma restrição com relação ao risco da mosca, eles estão com receio e querem medidas mitigatórias, e estamos mostrando que o melão não é hospedeiro. Mostramos também que outros países que exigem esse controle já recebem o nosso melão”, disse Luiz Roberto, em maio passado.

Para Han Changfu, ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, o Brasil é um parceiro estratégico. Ele convidou a ministra a voltar à China para dar andamento às negociações.

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