Forma de caminhar pode ajudar no diagnóstico da demência

A demência tem um diagnóstico complexo, vinculado a uma avaliação clínica. Identificar o tipo de demência que acomete um paciente também não é diferente. Segundo cientistas da Alemanha, esse processo poderá ser facilitado observando a forma como as pessoas caminham. Em experimento com 103 voluntários, eles conseguiram diferenciar os transtornos analisando como eles andavam por pouco mais de 20 metros. Os resultados foram apresentados na última edição da revista Neurology e podem contribuir para a área de tratamento cognitivo.

O envelhecimento da população foi um dos fatores que motivaram os cientistas a desenvolver um método de diagnóstico. “Por conta da melhora na expectativa de vida em todo o mundo, a parcela de idosos está crescendo. Isso inevitavelmente acompanhará um aumento do número total de demências e distúrbios de marcha (caminhada) em todo o mundo”, diz ao Correio Charlotte Selge, pesquisadora da Universidade Ludwig Maximilian de Munique e uma das autoras do estudo.

O teste desenvolvido consegue diferenciar pacientes que sofrem com hidrocefalia de pressão normal idiopática (iNPH, pela sigla em inglês) daqueles com paralisia supranuclear progressiva (PSP), dois tipos de demência bastante parecidos. “O que ambas têm em comum é o fato de que são clinicamente caracterizadas por disfunção da marcha e comprometimento cognitivo. Além disso, parecem compartilhar mecanismos fisiopatológicos. Existem critérios de diagnóstico aceitos para PSP e iNPH. No entanto, o diagnóstico diferencial pode ser difícil”, detalha Selge.

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