Expectativa para o jogo Seleção Brasileira neste domingo (17)

Há quatro anos, era impossível imaginar que o Brasil fosse começar a Copa do Mundo de 2018 como o principal candidato a ganhar o título. Há dois anos, inclusive, era plausível suspeitar que os pentacampeões fossem ficar fora do Mundial pela primeira vez na história. Contra todos os prognósticos, hoje, a poucas horas da estreia, o mundo espera que o duelo contra a Suíça, às 15h (horário de Brasília) deste domingo, seja o início de uma arrancada em busca do hexa. Essa reviravolta passa justamente pelo tratamento dado ao 7 a 1 diante da Alemanha, que mesmo com toda a mudança no ambiente permanece como sombra para Neymar e companhia.

Dunga, o escolhido para substituir Felipão no comando da seleção, sempre tratou o 7 a 1 como algo a ser “eliminado”. Em sua busca por uma nova seleção, trocou símbolos internos, como a braçadeira de capitão, e tentou mexer com os brios dos jogadores, lembrando que a seleção “não era mais a melhor do mundo”. Em entrevista à Época, chegou a dizer que Neymar ainda não era craque.

Mesmo nos momentos de crise, o capitão do tetra se recusou a beber do conhecimento dos rivais. “Eu acho que você ter opiniões e referências é sempre bom, mas aí precisamos decidir o que nós queremos. Nós queremos resgatar o futebol brasileiro ou queremos pegar do europeu?”, questionava  ele em 2015, durante um encontro de treinadores da CBF.

A “limpa” promovida passou pelo fim da seleção formada por Felipão. Até nomes populares, como Thiago Silva e Marcelo, perderam espaço entre 2014 e 2016, mudança que era tratada com orgulho pela comissão. Os resultados não vieram, Dunga caiu e a filosofia com relação ao 7 a 1 mudou, o que diz muito sobre a guinada da seleção.

Sob o comando de Tite, a seleção deixou de se esquivar do 7 a 1, passou a reconhecer a importância do capítulo e admitir o peso histórico que a tragédia tem para o futebol brasileiro. “Ele tem um componente de maturidade importante. É importante fazer esse enfrentamento antes da Copa. Carregamos esse fantasminha todos os dias. Ele está todos os dias aqui”, disse o treinador dias antes do confronto com a Alemanha em Berlim, no início deste ano.

A vitória contra os algozes fora de casa, vale lembrar, esteve longe de ser tratada como revanche. Para Tite, foi uma etapa para uma geração que agora sabe que não irá se livrar da marca. Durante os dias de preparação para a Copa, tanto na Granja Comary, quanto em Londres e em Sochi, já em território russo, não houve entrevista coletiva que ignorasse o 7 a 1. Os que viveram o trauma, em especial, aprenderam a lidar com a questão. “O futebol é bom porque dá oportunidades muito rápido para você reverter o que você fez”, disse Paulinho, um dos que mais sofreram com 2014.

O cenário na Rússia, de fato, é favorável. Campeão das Eliminatórias com campanha impecável, o Brasil chega à Copa como favorito, popular entre os torcedores e surpreendentemente renovado em relação a 2014. Nada disso garante, no entanto, que o 7 a 1 é passado. E é justamente por ter entendido isso que a seleção é capaz de superar o trauma.

FICHA TÉCNICA
BRASIL X SUÍÇA

Data: 17 de junho, domingo
Local: Arena Rostov, em Rostov-on-Don (Rússia)
Horário: 15h (de Brasília)
Árbitro: Cesar Ramos (México)
Assistentes: Marvin Torrentera e Miguel Hernandez (ambos do México)

BRASIL: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Willian, Paulinho, Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus
Técnico: Tite

SUÍÇA: Sommer; Lichtsteiner, Schar, Akanji, Rodriguez; Xhaka, Behrami; Shaqiri, Dzemaili, Zuber; Seferovic
Técnico: Vladimir Petkovic

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