O anúncio, na tarde de ontem, dos projetos contemplados pelo Financiarte, provocou um rebuliço na comunidade cultural. Pudera. Dos 184 inscritos, apenas 18 foram contemplados. A verba, que nos últimos dois anos foi de R$ 2 milhões, encolheu para R$ 600 mil – o recurso é menor do que em 2005. Os trabalhos escolhidos representam o menor número desde a criação do edital de financiamento à cultura de Caxias do Sul, cuja primeira edição ocorreu em 2003, com 32 projetos.
Segundo o secretário municipal da Cultura, Joelmir da Silva Neto, cerca de 60 projetos foram recomendados pelas Comissões de Avaliação, Seleção e Fiscalização (Casf). Eles foram encaminhados para a Secretaria da Fazenda e lá foram escolhidos aqueles que obtiveram as maiores notas, dentro dos sete segmentos artísticos – folclore/artesanato, artes visuais, dança, cinema e vídeo, teatro, música e literatura.
– Obviamente, a gente sente o impacto. Mas a gente sente e compreende a situação, pautado em um ano difícil – explica Joelmir, recordando que no início do ano chegou-se a discutir a manutenção ou não do edital – Mas, para 2018, descartamos a possibilidade de que ele possa acabar – completa.