Famílias expulsas de suas casas por chefes de facções criminosas. Moradores proibidos pelo tráfico de circularem em bairros dominados por organizações rivais. Assassinatos diários, com esquartejamentos e decaptações filmados e distribuídos pelo WhatsApp, a fim de espalhar o horror.
Assim foram os últimos anos nas cidades cearenses, em especial para as populações periféricas. Tomado por grupos criminosos que disputam o controle da venda de drogas e armas, o Ceará pico de assassinatos em 2017. Nos últimos dois anos, figura como o estado que mais reduziu as mortes violentas intencionais no país, segundo dados Sinesp.
Foram 758 registros nos primeiros quatro meses deste ano, diante de 1.412 no mesmo período de 2015 — queda de 46,3%. Em comparação ao primeiro quadrimestre de 2018, a diminuição recente foi de 53,3%.