Nelter Queiroz apresenta título de “persona non grata” para procuradora do MPT

O deputado estadual Nelter Queiroz (PMDB) se pronunciou, na sessão ordinária desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa, sobre o Projeto de Resolução de sua autoria que concede o título de “persona non grata” a procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva Mousinho. Ela é a responsável pela ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o Grupo Guararapes Confecções. Os deputados Galeno Torquato (PSD) e Albert Dickson (PROS) também assinam a proposição.

“Essa ação pública arbitrária movida pelo Ministério Público do Trabalho é um duro golpe contra o modelo produtivo que emprega cerca de quaro mil pessoas no Rio Grande do Norte. Portanto, essa Resolução que apresento é em solidariedade a esses trabalhadores, empregados em 62 facções localizadas em municípios das regiões do Seridó e do Vale do Açu”, explicou Nelter Queiroz sobre a cobrança de indenização coletiva no valor de R$ 37 milhões feita pelo MPT à empresa potiguar.

Nelter Queiroz registrou em plenário os desabafos feitos pelo empresário Flávio Rocha, proprietário da Guararapes, nas redes sociais, nos quais ele fala em “perseguição” e o quanto a medida é nociva à economia do Estado, que ainda  amarga os efeitos da estiagem há seis anos. Segundo o parlamentar, a empresa pode contratar outras facções nos estados vizinhos do Ceará e da Paraíba ou mesmo em outros países, a exemplo da China e do Paraguai.

O deputado fez um apelo ao Ministério Público do Trabalho para que fosse realizado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e não a aplicação de multa à empresa. “Querem que o trabalhador das facções tenha salários e direitos iguais aos da Guararapes, o que não vai acontecer pelo tipo de trabalho que eles exercem, causando o fechamento dos postos de trabalho no Estado”, disse Nelter Queiroz, que acredita que a proposição será apreciada em plenário ainda este ano.

Em apartes ao pronunciamento do deputado Nelter Queiroz, outros parlamentares comentaram a ação do Ministério Público do Trabalho. O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) defendeu que a Assembleia Legislativa se reúna para pensar numa legislação capaz de proteger as facções. Sugestão ratificada pelo deputado estadual Vivaldo Costa (PROS), que ressaltou a importância de haver uma intervenção da Casa.

Em sua fala, o deputado estadual George Soares (PR) disse que esse era o momento dos parlamentares estabelecerem contato com os deputados federais e senadores do Estado pedindo a atenção da bancada federal para o problema. George Soares entende que as mudanças necessárias devem acontecer na legislação federal, mas a Assembleia Legislativa cumpre papel importante na construção da ponte entre trabalhadores e parlamentares.

O deputado Tomba Farias (PSB) afirmou que a cidade de Santa Cruz passou pelo mesmo problema anos atrás, com repetidas ações contrárias do MPT. De acordo com o parlamentar, se não fosse o turismo religioso em alta, o município estaria amargando números ruins no quesito emprego e renda.

Para o deputado estadual Hermano Morais (PMDB), o Ministério Público do Trabalho também errou, pois o município de São José do Seridó vive realidade diferente do resto do Estado, com alta empregabilidade. Além disso, ele defendeu a ampliação do programa Pró-Sertão para contemplar outras regiões do RN.

2 respostas

  1. Ainda bem que tenho vista boa para poder ler certas aberrações. Esse deputado, apenas por questões eleitoreiras, não sabe nem do que fala, não tem conhecimento dos termos da ação proposta, mas, mesmo assim, ele se julga no direito de propor um título desse. Veja o que ele quer: que os empregados continuem a receber salários menores que os da empresa contratante; quer que se faça um TAC (O MPT, nobre deputado, só ajuíza qualquer ação, após esgotadas todas as possibilidades na via extrajudicial. Caso você, antes de sair falando e propondo besteiras, deveria se inteirar das coisas e não ser apenas um papagaio que reproduz o que houve. Foi proposto o TAC que o senhor deseja, mas a Guararapes não aceitou.
    Antes de propor esse título à procuradora, você deveria ir antes ao Walfredo Gurgel e perguntar aos gestores de lá o que ela já fez e faz por aquele hospital, dentre outras coisas.
    O título de Pensona non grata deveria ser proposto pela população para vocês deputados que ganham muito e não fazem nada. A população está morrendo por falta de saúde e segurança, mas você, apenas por ouvir falar, propõe essa asneira dessa.

  2. Esta é uma proposta que 100% dos Deputados deveria assinar. O MPT não gera sequer 1 (um) emprego produtivo mas se arvora no direito de fechar postos de trabalho e fazer caixa com o dinheiro alheio cobrando multa absurda à Gurarapes.

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