Natal e RN no topo do ranking de ocupação de UTIs no Brasil

O RN assistiu o próprio caos do combate ao Coronavirus ganhar a telinha da Globo no horário nobre do Jornal Nacional por pelo menos dez dias consecutivos.

Alguns chegaram a criticar e questionar; por que só o RN? Seria uma má-vontade da afiliada potiguar? Nem a repórter Emmily Virgilio foi poupada de estocadas em suas redes sociais.

Hoje, um estudo comparativo da Folha de São Paulo a resposta em números. Em fatos.

O topo da ocupação de leitos de UTI no Brasil em se falando de capitais é de Natal e se falando de estados da federação, do Rio Grande do Norte também está no pódio.

 

A ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19 voltou a subir nas últimas semanas e já supera o patamar de 80% em pelo menos 13 capitais.

Natal, capital do Rio Grande do Norte, registra uma ocupação de 100% dos leitos da rede estadual há pelo menos um mês. Rio Branco, no Acre, vive situação semelhante, com 95% dos leitos ocupados.

Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, São Luís, Maceió, Boa Vista, Teresina, além da região metropolitana de Vitória registram índices de ocupação de UTI acima de 80%.

A maioria destas capitais viram o número de casos da Covid-19 cresceram últimas semanas após o início da reabertura gradual de atividades econômicas. Diante dese avanço, parte das cidades começou a recuar nas medidas de flexibilização, caso de Belo Horizonte.

Dentre as capitais do Nordeste, a situação permanece bastante grave em Natal. Na tarde desta terça-feira, não havia leitos de UTI disponíveis na rede pública estadual para pacientes com suspeita de Covid-19.

O esgotamento das 54 vagas de UTI distribuídas por três hospitais estaduais da capital potiguar fez com que pacientes passassem a acionar a Justiça para conseguir um leito para tratamento.

Ao mesmo tempo em que enfrenta seu período mais conturbado, o Rio Grande do Norte iniciou nesta quarta-feira (7) a flexibilização das medidas de restrição. Foi autorizada a abertura de lojas com menos de 300 metros quadrados e de salões de beleza.

“Se houver aumento da contaminação e da ocupação de leitos não hesitaremos em voltar a restringir as atividades para proteger a vida das pessoas”, afirmou a governadora Fátima Bezerra (PT).

Alagoas vive situação semelhante, com o início da flexibilização coincidindo com o período de maior ocupação de leitos para pacientes graves da Covid-19. Apesar da abertura de 33 leitos de UTI, a taxa de ocupação subiu de 73% para 79%. Em Maceió, o aumento foi ainda maior: de 74% para 86%.

A Bahia mantém suas medidas restritivas, mas também segue com a ocupação de leitos de UTI crescente, atingindo 77%. Em Salvador, essa taxa chegou a 82%.

 

 

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