Moro diz que Lula “arregou” ao desistir de apoiar CPI

O ex-ministro e pré-candidato do Podemos à Presidência da República, Sergio Moro, disse nesta quarta feira (26) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “arregou” ao pedir que o PT “desistisse” de criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra ele.

No sábado (22), o líder do partido na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), afirmou que a bancada do partido iria discutir a possibilidade de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar suposto conflito de interesse do ex-juiz. O pré-candidato do Podemos trabalhou por quase 1 ano em uma consultoria que atua nos processos de recuperação fiscal de alvos da Lava Jato.

Após a desistência do PT em instaurar a comissão, Moro afirmou nas redes sociais que o petista “tem medo das verdades incomodas que iriam surgir”.

“Com medo das verdades incômodas que iriam surgir, Lula manda o partido desistir da CPI contra mim. Lula arregou”, afirmou Sergio Moro no Twitter citando uma notícia do site O Antagonista.

“Tiro no pé”

Na terça feira (25), Moro disse, em seu perfil no Twitter, que o PT recuou da ideia de criar uma CPI contra ele, pois “percebeu que além de não haver justificativa legal, seria um tiro no pé”.Segundo o ex-juiz, “a CPI seria uma oportunidade de relembrar aqueles que realmente receberam suborno das empresas investigadas na Lava Jato”.

Moro trabalhou para a consultoria Alvarez & Marsal até outubro de 2021, quando encerrou o contrato para se dedicar a uma candidatura à Presidência nas eleições de 2022. Durante este período, a empresa recebeu R$ 42,5 milhões em honoráriosde empresas investigadas na Lava Jato.

O TCU (Tribunal de Contas da União) apura suposto conflito de interesses do ex-juiz, que nega as acusações. Moro diz que atuou em um ramo da Alvarez responsável por ajudar empresas a criar políticas de combate à corrupção e não lidou com processos relacionados a alvos da Lava Jato.

O TCU acredita que a Alvarez & Marsal está tentando omitir o valor exato repassado a Moro. O Tribunal, no entanto, deve pressionar a consultoria até que a informação seja divulgada.

A informação de que o PT discute a possibilidade de criação de uma CPI para apurar suposto conflito de interesse de Moro foi divulgada pelo líder do PT na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (MG) ao site Poder360.

“Há a possibilidade de pedirmos uma CPI. Vou conversar com o deputado Paulo Teixeira, com a presidenta Gleisi Hoffmann. Acredito que precisamos instalar a CPI, que é o fórum com legitimidade para investigar no Congresso”, disse Lopes ao jornal digital.

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