A promessa feita pelo governo federal de ter 600 mil médicos atuando no país em 2026 dificilmente será atingida — hoje, há 390,5 mil profissionais com registro nos conselhos regionais de medicina. A meta foi divulgada no ano passado, em meio ao lançamento do Mais Médicos. Uma das frentes do programa é justamente a abertura de 11.447 vagas de graduação até 2017. Mesmo assim, ainda haveria um deficit de 56,3 mil profissionais. O objetivo não seria alcançado nem se a frente de intercâmbio de cubanos fosse uma política permanente de governo. Para entidades médicas, no lugar de gastar mais de R$ 1 bilhão para trazer profissionais da ilha caribenha, o governo deveria investir esse valor na qualidade da graduação.