Médico denunciado por morte em paciente de Felipe Guerra pode ir a Júri Popular

O Ministério Público do Rio Grande do Norte denuncia na Justiça o médico Gedegilson Galvão da Silva Moisés, por homicídio doloso, contra a dona-de-casa de Felipe Guerra/RN, moradora do Sítio Pindoba, Rita Maria Batista, que morreu no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). O fato ocorreu em abril de 2012.

processo que se arrasta desde 2013 teve sua última movimentação em 12 de junho de 2018, e aguarda as alegações finais da defesa do médico. Após isso, o juiz decidirá se leva a Juri Popular ou não. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, Gedegilson Galvão será julgado por um Tribunal do Júri Popular, que nada mais é do que um grupo de pessoas que são convocadas para ajudar a decidir se o réu merece a punição prevista em Lei ou não.

Gedegilson Galvão teria, durante um plantão, no Hospital Regional Tarcício Maia, se negado a realizar cirurgia e a paciente faleceu. O fato ocorreu em abril do ano de 2012 e a denúncia foi feita na justiça no dia 30 de julho de 2013, na Iª Vara Criminal, em Mossoró, após a conclusão do inquérito policial.

A dona-de-casa Rita Maria Batista havia se internado no Hospital Regional Tarcísio Maia com uma doença que impossibilitava dela defecar havia cerca de 3 meses. Os primeiros exames já mostravam a gravidade do caso. No dia 4 de abril de 2012, quando Gedegilson estava de plantão, foram feitas terapia laxativa e lavagem intestinal. O procedimento foi providenciado, porém não resolveu.

Por volta das 17h, a enfermeira Sandra Andréia observou que o quadro ficou insustentável e relatou ao médico para que fosse feita a cirurgia imediatamente. Nesta ocasião, Gedegilson teria se recusado, dizendo que seu plantão terminava às 19h. Depois de uma longa agonia, a cirurgia foi feita depois das 21h por outro médico, porém já era tarde demais. Rita morreu na manhã do dia 5, em decorrência de insuficiência renal devido a desidratação e distúrbio hidroeletrolítico, obstrução intestinal, megacolon.

Segundo a denúncia, o médico deveria e poderia ter agido para evitar o óbito, pois tinha o dever legal de cuidado para com a paciente, além de ter assumido a responsabilidade de impedir o resultado (morte). Ao se omitir, quando deveria ter agido, o médico demonstrou pouco apreço pela vida humana. Em plena Semana Santa, dona Rita Maria Batista acabou crucificada pelo descaso, pelo desrespeito, pelo desdém com a vida humana.

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