Ninguém entendeu nada quando Marco Maia levantou da cadeira da presidência, no final desta tarde, e abandonou o plenário da Câmara. O relógio marcava 18h31. O plenário estava lotado e o governo, depois de muita negociação, calculava ter 320 votos para aprovar o Funpresp, matéria prioritária para Dilma Rousseff.
Tudo seguia o roteiro de sempre: a oposição faria obstrução, Cândido Vaccarezza coordenaria o trator da base e a matéria terminaria aprovada, em primeira votação, no final desta noite. Mas… Maia, indignado por não ter sido atendido pelo Planalto em uma demanda pessoal no Banco do Brasil, resolveu suspender tudo e ir para casa. Uma das testemunhas do entrevero resume:
– Nunca antes na história desse país, o presidente da Câmara, numa quarta feira, 18h31, com o plenário cheio para votar questões importantes, encerrou a sessão para ir embora pra casa. Literalmente para casa. É histórico.
Antes de pegar o caminho de Casa, Maia quebrou o pau com Gleisi Hoffmann pelo telefone. Gleisi nega.
Por Lauro Jardim