Protesto contra o resultado das eleições realizado neste sábado (10.dez.2022) na Esplanada dos Ministérios contou com menos pessoas que normalmente compareciam a atos do mesmo gênero. Em cartazes e discursos no carro de som, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado. Os manifestantes oraram pelo chefe de estado e chegaram a anunciar que a manifestação contaria com a presença do político. O ato termina às 19h e o chefe do Executivo não deve comparecer, segundo apurou o Poder360.
“Coloque anjos agora a proteger aquele homem que o Senhor colocou te representando nessa nação como maior autoridade, Jair Messias Bolsonaro. Oramos pela casa dele, pela família dele e pela vida dele”, dizia a oração puxada por um locutor no alto do carro de som.
Bolsonaro voltou a falar com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, na tarde de 6ª feira (9.dez), depois de mais de 1 mês em silêncio. “Estou há praticamente 40 dias calado. Dói. Dói na alma”, disse o presidente. Neste sábado, participou da formatura da Escola Naval, no Rio de Janeiro, mas não discursou.
O caminhão de som foi posicionado em frente ao Congresso depois de grades colocadas pelas forças de segurança. Diferentemente de outras manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra o resultado das eleições, uma pequena parte do gramado em frente ao carro estava tomada por manifestantes de verde-amarelo.
Segundo os organizadores do protesto, a ideia é ficar na Esplanada até às 19h e voltar no domingo (11.dez). Em lives de manifestantes no YouTube, a justificativa para o público menor era porque o público estaria se dividindo entre a Esplanada, o Quartel General do Exército e o Palácio da Alvorada.
Nas faixas penduradas no trio elétrico era possível ler críticas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os dizeres: “O ladrão não sobe a rampa”. Em outra, um pedido para que as Forças Armadas “honrem a espada”.
Além disso, também havia recados diretos a Bolsonaro com um cartaz dizendo: “O Brasil está contigo, presidente! 27 estrelas brancas não se curvarão a uma estrela vermelha”.
O 1º a discursar foi o jornalista Oswaldo Eustáquio, que disse que não se pode negociar com a esquerda. Segundo ele, em países como a Venezuela e Cuba nunca foi possível “tomar” o poder de volta da esquerda.
Presentes no protesto, indígenas fizeram orações e danças no meio gramado e caciques discursaram em cima do trio elétrico.