Quase 90% das empresas brasileiras promoveram alguma alteração no seu modo de operação durante a pandemia, segundo levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Apenas 27% das companhias que fizeram mudanças têm a avaliação de que elas serão temporárias. Outras 56% dizem que as medidas serão incorporadas parcialmente ou totalmente, e 17% ainda avaliam a questão.
Ou seja, no limite, mudanças implementadas durante o período de distanciamento social podem virar rotina para até 7 em casa 10 empresas.
Entre as alterações estão o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, apontado por 18% das empresas.
O home office foi adotado por 83% para atividades administrativas, mas apenas por 20% para atividades operacionais.
Um terço das empresas afirmou ter utilizado novos meios de vendas. No caso do varejo, isso se aplica a 57% das companhias, sendo cerca de 65% em três segmentos: supermercados, vestuário e calçados e móveis e eletrodomésticos. A opção pelo delivery é citada por 41% das empresas do comércio.
A pesquisa mostra também que os comerciantes que realizam vendas online se tornaram maioria após a pandemia. Antes da crise, 47% realizavam pelo menos parte das suas vendas por canais online (53% só vendiam por lojas físicas). Agora, 62% vendem via internet, e 38% continuam restritas às vendas em lojas.