Quando o presidente do PR no Rio Grande do Norte, o deputado federal João Maia, anunciou no início de 2012 a ida para o lado governista em nível estadual, muitos correligionários foram pegos de surpresa. O tempo passou e parece que essa parceria ainda não está muito clara. Afinal, são constantes os questionamentos e as posturas dos parlamentares do PR que, em muitas vezes, mais parecem independência do que, realmente, um partido aliado.
Um exemplo disso foi dado nesta semana, quando o deputado estadual Kelps Lima, do PR, anunciou uma série de medidas que visavam economizar recursos públicos e promover a impessoalidade e a eficiência a gestão estadual. Uma postura louvável, porém, vai de encontro a ações e práticas constantes da gestão que ele e seu partido apoiam.
Entre outras medidas, estão a extinção da casa oficial para Governador do Estado e o fim da prática de afixação de fotografias dos governadores em todas as repartições do Estado, fortalecendo o princípio da impessoalidade no trato da coisa pública e da casa oficial do governador do Estado.
Kelps quer também o fim do uso de marcas de governo que acarretam gastos sempre da ascensão de um novo grupo político ao comando das diretrizes orçamentárias do Estado e do uso da verba pública para autopromoção de governos através de campanhas publicitárias de ações governamentais. Todas essas são práticas comuns da gestão Rosalba Ciarlini (e de gestões que a antecederam).
Essa, por sinal, não foi a única de Kelps Lima. Em entrevista concedida aO Jornal de Hoje, diante dos polêmicos vetos a emendas coletivas do Governo do Estado, Kelps criticou a postura governamental pela desarticulação em relação aos demais poderes e órgãos complementares, como Assembleia e Tribunal de Justiça, Ministério Público e TCE.