Henrique é destaque no Jornal Nacional

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o ministro do Turismo,Henrique Eduardo Alves, se beneficiou do dinheiro desviado da Petrobras.

O ministro do Turismo é um dos aliados mais próximos de Michel Temer. Em dezembro de 2015, numa fase da Lava Jato que teve como alvo o PMDB, o Supremo autorizou buscas na casa dele, no Rio Grande do Norte.

No mês seguinte, o nome dele apareceu em mensagens trocadas entre o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, e o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro.

O jornal “Folha de S.Paulo” revelou nesta segunda-feira (6) trechos do pedido de inquérito sobre repasses suspeitos da construtora OAS à campanha de Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. O Jornal Nacional teve acesso à íntegra do documento.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz: “Tais montantes (ou, ao menos, parte deles), adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do caso Lava Jato. Verificou-se não apenas a participação de Henrique nesses favores, como também o recebimento de parcela das vantagens indevidas, também disfarçada de doações oficiais”.

Segundo o Ministério Público, Eduardo Cunha fez oito pedidos de doação para Henrique Eduardo Alves em outubro de 2014. E, após um deles, a OAS doou R$ 500 mil para a campanha. E o próprio Henrique também pediu diretamente ao empreiteiro.

No dia 16 de outubro de 2014, Henrique mandou mensagem ao celular de Léo Pinheiro: “Amigo, como Cunha falou, na expectativa aqui. Abs e obrigado!”

A Lava Jato levantou ainda suspeitas de que o ministro atuou para discutir problemas da OAS no Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte e no Tribunal de Contas da União.

No campo político, ao contrário das duas últimas segundas-feiras, em que houve baixas de ministros por causa da Lava Jato, o discurso nessa segunda-feira (6) foi diferente. O presidente em exercício, Michel Temer avaliou que não há fatos novos sobre o aliado. E que, por isso, ele ainda mantém as condições para ficar no cargo.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, falou na manhã desta segunda sobre a situação do ministro. Afirmou que a permanência no governo cabe ao presidente em exercício, Michel Temer, e que, antes de assumir, Temer criou uma regra: se algum ministro se envolvesse em denúncias, deveria pedir demissão. Padilha falou em constrangimento:

“Ora, qualquer citação que possa ser negativa, eu não sou ingênuo. Nem nossos ouvintes, nem ninguém. É claro que constrange, né.”

Henrique Eduardo Alves também é citado em um inquérito em que Cunha é suspeito de intermediar doações da empreiteira Carioca Engenharia para ele, segundo o MP.

Além do inquérito da OAS, Henrique Eduardo Alves ainda é alvo de um pedido para ser investigado no Supremo Tribunal Federal no maior inquérito da Lava Jato, que apura se uma quadrilha atuou na Petrobras.

Henrique Eduardo Alves afirmou que ainda não foi citado ou notificado a prestar esclarecimentos, que todas as doações recebidas foram de acordo com a lei, que as relações dele com políticos e empresários são pautadas pela ética e que está à disposição da Justiça. O ministro disse ainda que mantém a convicção nas instituições, especialmente no trabalho do Ministério Público.

Eduardo Cunha afirmou que desconhece o conteúdo da manifestação, que todas as conversas foram sobre contribuições legais de campanha do candidato Henrique Alves, que nunca atuou para beneficiar quem quer que seja, que todas essas contribuições foram declaradas na prestação de contas do partido e que nenhuma contribuição foi para a campanha dele.

As defesas de Léo Pinheiro e da OAS não quiseram se manifestar.

2 respostas

  1. Ele é do mesmo time de Eduardo Cunha, Renam Calheiros, Gedel Vieira, o Lider do Governo na Câmara, aquele Moura de SE. Caso o STF não ponha um basta nessa quadrilha e fique também sendo conivente, é chegado o momento do povo voltar a protestar e exigir as mudanças!!! Aliás, inclusive a PF deve preparar o estoque de algemas….no andar da carruagem vai faltar. Esse Henrique Alves não tem jeito. Aprontou novamente, é delinquente contumaz.

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