O Hamas anunciou que Ismail Haniyeh, líder do seu gabinete político, comunicou aos mediadores do Catar e do Egito que o grupo concordou com a proposta de um cessar-fogo na guerra em Gaza. O anúncio foi feito nesta segunda-feira 6.
Haniyeh fez um “telefonema ao primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e ao ministro de Inteligência egípcio, Abbas Kamel, informando sobre a decisão de aceitar a proposta de cessar-fogo”. As informações são da CNN Brasil.
O governo israelense está analisando a resposta. O gabinete do primeiro-ministro israelense se recusou a comentar.
Basem Naim, integrante do escritório político do Hamas, disse à CNN que o Hamas está esperando uma resposta de Israel ao seu acordo de cessar-fogo e acordo de reféns e proposto pelo Egito e Catar.
Não está evidente se o Hamas acetou a proposta apresentada semana passada, ou uma versão revisada dela.
À medida que a notícia do Hamas foi se espalhando, celebrações foram ouvidas em ruas em vários lugares, incluindo em Deir el Balah, no centro de Gaza e na Cidade de Gaza.
A notícia veio poucas horas depois de Israel ter ordenado aos palestinos que viviam em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que “saíssem imediatamente”.
Uma fonte diplomática que está por dentro das conversações disse à CNN que depois de uma reunião de um dia em Doha, capital do Catar, entre o diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, os mediadores convenceram o Hamas a aceitar um acordo de três partes.
“Depende realmente do (primeiro-ministro israelense) Benjamin Netanyahu”, disse a fonte.
Os Estados Unidos estão analisando a resposta do Hamas a uma proposta de cessar-fogo e reféns “e discutindo com nossos parceiros na região”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Os EUA receberam a resposta na “última hora, 90 minutos”, disse Miller durante uma coletiva do Departamento de Estado, na tarde desta segunda-feira 6.
“Eu não quero caracterizar a natureza dessa resposta ainda”, disse ele.
Ele completou dizendo que um acordo é do “melhor interesse” tanto dos israelenses quanto dos palestinos.
“Isso traria um cessar-fogo imediato, permitiria um maior movimento de assistência humanitária e, portanto, vamos continuar a trabalhar para tentar alcançar um”, acrescentou.