A indústria da liquidação extrajudicial de empresas no Brasil formou um clube de amigos que, agora, a União tenta moralizar. A escolha dos profissionais chamados de liquidantes sempre envolveu critérios frouxos e propostas por vezes sedutoras.
Além dos honorários mensais de até R$ 26,7 mil, quem toca processos fora da cidade onde vive recebe diárias para gastos com alimentação, transporte e moradia. Em tese, tudo deveria sair dos cofres da massa liquidanda. Mas, dificilmente, as empresas em dissolução têm condições de arcar com esses compromissos, e os pagamentos acabam sendo feitos com dinheiro público, por tempo indeterminado e sem garantia de retorno.